Até 2003, o percentual de participação das mulheres na reforma agrária não chegava a 13%, percentual muito inferior ao observado em outros países da América Latina, informou a deputada.
Sandra rosado lembra que o padrão secular encontrado no meio rural brasileiro revela uma situação de desigualdade social marcada pela subordinação e pela negação das mulheres enquanto sujeitos políticos e econômicos do mundo rural.
? Durante muito tempo à mulher no meio rural coube tão somente, o acúmulo do trabalho doméstico com o trabalho no campo, na maioria das vezes, sem o devido pagamento. Hoje, a situação começa a ser invertida. A introdução maciça de mulheres no processo produtivo está levando, inclusive, a uma nova formulação do conceito de organização familiar, a novos padrões ocupacionais ? afirma.
Segundo ela, a participação no programa de reforma agrária tem como objetivo permitir o exercício da cidadania pela mulher trabalhadora no meio rural. A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e Constituição e Justiça e de Cidadania.