O levantamento aponta crescimento de 1% na produção brasileira, que ficaria em 75,347 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 54,15 milhões de toneladas, com aumento de 10%. Os paraguaios deverão colher 8,903 milhões, com incremento de 6%.
A produção da Bolívia está estimada em 2,445 milhões de toneladas, aumentando 5% sobre a temporada anterior. A safra do Uruguai deverá crescer 17%, atingindo a casa de 1,8 milhão de toneladas.
? O levantamento nos trouxe a confirmação de pelo menos duas importantes informações: que apesar mais uma vez de limitações de natureza política, a área deve crescer novamente na região; e, embora com algumas ressalvas, também com sentimento positivo para a produção ? avalia o analista sênior da consultoria Safras & Mercado, Flávio França Júnior.
Desse modo temos para esta nova safra a tendência de confirmarmos novo recorde de plantio, e com chances pelo menos razoáveis de novo recorde também para a produção. Os destaques no lado positivo para essa indicação são os excelentes resultados econômicos obtidos na safra 2010/2011, os ainda positivos preços atuais observados no mercado internacional, e a expectativa de que tenhamos um mercado ainda firme também para o próximo ano.
Já no lado negativo temos o aumento nos custos de produção entre 5% e 10%, a expectativa de alguma recuperação na área de milho e as disputas de natureza fundiária que atingem o Paraguai e a Bolívia, e de natureza comercial e tributária na Argentina. E sem dúvida, o maior deles, a elevada insegurança de natureza climática, considerando que a safra está sendo plantada e se desenvolverá sob a influência do fenômeno La Nina.