Conforme o economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, o produtor brasileiro deixa boa parte do valor dos custos de produção em impostos. A situação fica mais inviável ainda devido às facilidades encontradas por argentinos, uruguaios e paraguaios para exportar arroz para o Brasil.
? Um quarto da saca de arroz produzida dentro da propriedade, isso que nem foi vendido, apenas foi plantado o arroz, é de imposto. Não tem como concorrer. Os outros países trabalham com uma margem de 6% a 8% e nós trabalhamos com 25% e estamos apenas nos custos de produção ? salienta Luz.
O economista informa que só em subsídios, o governo gasta R$ 1,5 bilhão por ano em mecanismos de comercialização para socorrer o setor em momento de crise de preços. Segundo Luz, este valor poderia ser cortado pela metade se houvesse a adequação do Brasil ao mercado mundial.