? O que poderia vir junto com essa tragédia do mercado financeiro seria a entrada da safra sul-americana tendo uma produção do Brasil e da Argentina. Principalmente isso impulsionaria mais os preços para baixo e, dependendo do câmbio, poderia baixar bem mais os valores também no nosso mercado ? estima.
O produtor José Helmuth Steffen, de Santa Rosa, Rio Grande do Sul, antecipou o plantio do grão, em função das previsões do fenômeno La Niña. Ele afirma que negociou um terço da lavoura em agosto e agora segura as vendas por causa da diminuição no preço da saca.
? A gente tem um patamar, regula muito do custo de produção. E, geralmente, temos um parâmetro de quanto custará o produto final. Quando chegam nesses números que projetamos, nós vendemos ? diz.
No Brasil, a recuperação do dólar impediu uma queda ainda maior nos preços. Porém, para alguns produtores de soja, a valorização da moeda norte-americana pode trazer custos mais altos.
? Existe a contrapartida, com essa crise em cima do euro, está valorizando o dólar index, que é uma cesta de moedas. Então, o mercado está se posicionando mais para o dólar e, com isso, afeta a gente aqui também. Com essa alta, nós fazemos a conversão por Chigaco e isso dá uma certa travada no preço. Se não, eles cairiam muito mais. O produtor que não se precaveu de providenciar insumos, de fazer o “red” na época certa , ou deixou em aberto o dólar, terá um prejuízo na hora em que for fechar esse câmbio. Tudo porque vai encarecer os custos de produção dele ? explica Toigo.