? A previsão é de estabilidade. O setor tem os clientes cativos, aqueles que optam por produtos naturais, pela árvore natural ? afirma.
A queda nas vendas de pinheiros registrada no Ceagesp desde 2008 chega a 15%. Isso faz com que produtores comecem a deixar o ramo. Eles alegam que a variedade requer muitos cuidados, o que acaba elevando os custos.
Depois de 25 anos vendendo tuias, o produtor Luiz Henrique Bueno se despede da cultura. Este será um dos últimos anos que ele comercializará a árvore. Ele conta que chegou a ter cem mil árvores nos 10 hectares de sua propriedade. Atualmente, conta com cinco mil. Bueno aponta que vale mais a pena cultivar o buxinho, que tem o mesmo custo, mas é vendido o ano todo e a um preço mais alto.
? Nós já estamos trocando. Já faz 10 anos que estamos fazendo isso. Acho que no ano que vem já consiguiremos acabar com as árvores de Natal e ficar somente com o outro tipo de planta. Um pinheiro para chegar a de cerca de 1,60 metro precisa durar em média seis a sete anos. É preciso cuidar, podar direto. Se encostar um no outro, queimam. Há muitos riscos de estragar, então tem que ficar muito em cima. Aí o custo aumenta muito e a mão de obra fica cara ? relata.
O também produtor Masami Tashiro também reduz os investimentos. Segundo ele, o que o impede de deixar totalmente o mercado são alguns clientes fiéis que voltam todos os anos.
? Não posso esquecer dos fregueses, que são pessoas todos amigos. Afinal, são 30 anos de trabalho. Então, não posso deixar acabar ? diz.