De acordo com a AgRural, os últimos sete dias foram marcados por chuvas mal distribuídas em boa parte do Brasil. “Enquanto o Centro-Sul registrou precipitações abaixo da média, algumas regiões de Minas Gerais e da Bahia receberam bons volumes. Embora não se possa afirmar que haverá estiagem, a La Niña ativa reforça o temor de que falte chuva no Sul em dezembro e janeiro, durante a floração e o enchimento de grãos”, relata a consultoria.
No Rio Grande do Sul, o plantio foi mais lento nesta semana por causa do tempo seco. A falta de chuva nas previsões para os próximos dias também segurou a semeadura, que chegou a 82%. O Paraná, por sua vez, teve uma semana mais seca e de temperaturas mais elevadas, após enfrentar termômetros abaixo da média em novembro. Mas, como a umidade do solo ainda é alta, as lavouras se desenvolvem bem, segundo a AgRural. O plantio chegou a 99%.
O Centro-Oeste também teve uma semana marcada por chuvas escassas. Mato Grosso do Sul, primeiro Estado a encerrar o plantio, ainda tem boas reservas hídricas no solo, mas as temperaturas subiram e há municípios, como Maracaju, no sul, que não recebem chuva há cerca de dez dias. Em Goiás, o plantio atingiu 99% da área. Em Mato Grosso, a irregularidade das chuvas também interfere no desenvolvimento de algumas lavouras, destaca a consultoria. Na divisa com o sudoeste goiano, onde tem faltado chuva e feito mais calor que o normal, há relatos de adiantamento de ciclo. No geral, porém, as plantas estão em boas condições, e o Estado mantém a expectativa de grande safra, com 99% da área plantada.
A AgRural projeta a produção brasileira neste ano-safra em 73,642 milhões de toneladas, com um plantio em 25 milhões de hectares.