As culturas mais representativas – milho e soja – somam juntas 83% da safra nacional, pela produção de 131,605 milhões de toneladas. O milho tem perspectiva de crescimento de 4,9%, considerando apenas a participação da Primeira Safra, uma vez que a Segunda Safra só será definida a partir de janeiro.
A área plantada deve ficar em torno de 50,447 milhões de hectares, 528,2 mil hectares a mais que na safra anterior, o que representa um crescimento de 1,1%. O aumento está relacionado ao milho Primeira Safra e à soja, com crescimento de 10,8% e 0,7%, respectivamente.
No caso do milho, o maior aumento ocorreu no Paraná (145,2 mil hectares), seguido por Rio Grande do Sul (161,7 mil ha) e Goiás (148 mil ha). As justificativas para esse comportamento são os bons preços do produto no mercado, a rotação de culturas e a reconquista da área cultivada anteriormente.
Já para a soja, o maior crescimento de área efetiva deve ficar com o Mato Grosso, com um aumento de 371,1 mil hectares (ha), seguido do Rio Grande do Sul, com 80,1 mil hectares. No Paraná, foi registrada queda de área da oleaginosa em 472,4 mil hectares. A cultura foi substituída, basicamente, pelo milho. Outra região que teve destaque na área foi a do Matopiba – Maranhão (48,2 mil ha), Tocantins (18,2 mil ha), Piauí (55,2 mil ha) e Bahia (66,8 mil ha).
Por outro lado, houve redução de área para o arroz, que deve perder 251,8 mil hectares em relação ao cultivo anterior, quando chegou a 2,820 milhões de hectares. A queda mais acentuada ocorre no Rio Grande do Sul, que deixa de cultivar 93,7 mil hectares. A produtividade no estado é significativa, chegando a 7 mil kg/ha.
O feijão Primeira Safra também apresentou redução. Em relação ao cultivo anterior de 1,42 milhão de hectares, houve uma queda de 147,3 mil hectares. O Paraná, maior produtor nacional, deixou de cultivar 93,5 mil hectares em relação à safra anterior, quando semeou 344,1 mil hectares.
Em relação à região Nordeste, o terceiro levantamento considerou apenas o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e do Piauí. Já para a região Norte foram considerados somente Tocantins e Rondônia. As demais regiões tiveram mantidas as áreas da safra anterior, uma vez que o plantio só começa em janeiro.
A pesquisa foi realizada por cerca de 60 técnicos, entre os dias 21 e 25 de novembro, após visita a órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os estados produtores.
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