– A qualidade está boa. A dificuldade é que entra trigo mais barato da Argentina – aponta.
Para incentivar o setor, o governo federal realiza leilões que, segundo o Ministério da Agricultura, devem ocorrer a cada 15 dias até fevereiro de 2012. Além disso, deve disponibilizar R$ 110 milhões, para que sejam adquiridas 230 mil toneladas do grão, por meio de Aquisição do Governo Federal (AGF). Outras 600 mil toneladas devem ser ofertadas em leilões até o final de 2011. O governo também manterá zerada a cobrança de PIS/Cofins sobre a farinha de trigo e o pão até o final do ano.
A expectativa dos produtores é de que haja uma recuperação nos preços. Nos últimos três leilões foram disponibilizadas cerca de um milhão de toneladas, com média de venda entre 40% e 50% da oferta. Os valores de mercado têm se mantido, em média, R$ 4 abaixo do preço mínimo, que é de R$ 28,60, segundo o Deral.
O produtor João Francisco diz que esperar pelos leilões não é garantia de melhores preços. E afirma que mal esperou terminar a colheita para começar a vender o trigo.
– Os moinhos compram e pagam bem na safra. Tem que depender de leilão do governo é complicado. Você paga juro por deixar tudo estocado – relata.