Consultoria suíça reduz em 11% previsão de superávit global de açúcar

Kingsman estima que uma crescente produção deve mais que compensar o aumento da demandaA Kingsman reduziu em 11% a projeção do superávit global de açúcar na temporada 2011/2012, para 8,2 milhões de toneladas, ante 9,2 milhões de toneladas previstas anteriormente. De acordo com a consultoria suíça, uma crescente produção deve mais que compensar o aumento da demanda, particularmente da Ásia.

Segundo informações da Dow Jones, em sua quarta atualização para 2011/2012, a Kingsman ajustou a estimativa da produção mundial de 173,2 milhões para 174,1 milhões de toneladas. “Os preços mais baixos do açúcar nos levaram a ampliar o consumo mundial em 1,819 milhão de toneladas, sendo 1,1 milhão de toneladas na Ásia”, justificou a consultoria

A Kingsman elevou a previsão da produção no Centro-Sul do Brasil de 30,6 milhões para cerca de 31,05 milhões de toneladas. Aumento foi por causa de uma produtividade melhor que a esperada.

Entretanto, a consultoria cortou a perspectiva para Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar, de 26 milhões para 25,5 milhões de toneladas devido ao início tardio da moagem em Maharashtra, bem como à produtividade mais baixa nas áreas de cultivo do país. Ao mesmo tempo, a projeção do consumo indiano no ano-safra atual passou de 22 milhões para 22,55 milhões de toneladas.

Na Tailândia, segundo maior exportador de açúcar depois do Brasil, a produção deve alcançar 10,6 milhões de toneladas, bem acima da expectativa da indústria de quase 9,9 milhões de toneladas, revelou a Kingsman, atribuindo tal crescimento à previsão de um clima favorável e ao impacto limitado das severas inundações que afetaram o país neste ano.

A consultoria também prevê que a China produzirá 12,5 milhões de toneladas do tipo refinado em 2011/2012, alta de 500 mil toneladas em relação à estimativa anterior, já que as área plantadas com cana e beterraba foram expandidas. No entanto, mesmo se a previsão se concretizar, o país ainda será um significativo importador de açúcar no próximo ano, ponderou a Kingsman.

“Nós prevemos que a China aproveitará os preços globais relativamente baixos para reabastecer os estoques, de modo a ter um melhor controle sobre os preços dos alimentos”, relatou a consultoria.