O Estado tem a maioria das lavouras cultivadas com transgênicos. O produtor Antônio Perucci manteve parte da plantação com milho convencional, como prevê a legislação. Nas áreas onde a semente é a convencional a lagarta ataca as folhas, o que não ocorre nas áreas com sementes transgênicas.
– A vantagem é de não nos preocuparmos com a lagarta. O preço da semente é que dificulta – conta o produtor.
O coordenador de grãos da regional da Emater em Apucarana, Nelson Harger, diz que o Estado fez a escolha por um pacote tecnológico que tem amplo mercado consumidor, e que facilita o trabalho no campo.
– Quanto à lagarta, as lavouras resistem mais. Os grandes produtores teriam que plantar a soja e fazer os tratos culturais no milho, isso demanda mão de obra, agora não há mais esse risco. Tem que cuidar o “vazio”, plantar a convencional para não esgotar a tecnologia para que no futuro não haja resistência por parte da lagarta – relata.
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De acordo com a Embrapa mais de 80% das lavouras foram cultivadas com sementes transgênicas. A expectativa é de que na safra de inverno esse índice seja ainda maior em função da chegada ao mercado de uma nova variedade resistente ao glifosato, que é utilizado para combater as ervas daninhas.
– No verão queremos plantar essa variedade que protege da lagarta, e no inverno a outra que não vai ter problema com o glifosato – relata o produtor.
Em mais de 536 mil hectares o Paraná deve colher cerca de 7,5 milhões de toneladas de milho.
