O presidente da Federarroz vai cobrar respostas do governo. Os rizicultores reivindicam prazo de 35 anos para quitar as dívidas históricas, agravadas por catástrofes climáticas e a falta de rentabilidade nas safras recentes. Os produtores também pedem dois anos de carência e juros de 2,5% ao ano e o pagamento de parcelas regressivas, começando pelo comprometimento de 4,2% do faturamento da atividade, e terminando com 2,4%. O endividamento do setor arrozeiro supera os R$ 3 bilhões.
Entre prorrogações, custeio, investimentos, Securitização, Pesa, Fat Giro Rural, Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa), Empréstimos do Governo Federal (EGF) prorrogado e outros, a dívida do setor representa cerca de 60% do valor bruto de uma safra.
– Este passivo se tornou um fardo pesado para o setor carregar, pois vem comprometendo a atividade e afetando os preços de mercado na medida em que obriga o produtor a investir menos em tecnologia e vender a safra para cumprir pagamentos quando os preços estão baixos. Isso pressiona o mercado e retira a rentabilidade da lavoura, sem contar as dificuldades de acesso ao crédito que isso vem causando – disse Rocha.
Segundo o dirigente, é importante que o governo federal tenha uma proposta ao setor antes da próxima safra, pois os rizicultores terão que pagar 100% do custeio 2011/2012, mais 20% que foram prorrogados da safra passada, investimentos, EGFs, Pesa, Securitização, entre outros compromissos logo após a colheita.
– É muita conta para pagar com a renda média que se está obtendo com a orizicultura – afirma o presidente da Federarroz.
Para Rocha, a promoção de uma campanha nacional de consumo e a solução para o endividamento são os dois únicos pontos das demandas arrozeiras que o governo federal ainda não se posicionou ou acenou com medidas.