– A gente vive uma situação de insegurança financeira. O determinante dos mercados globais ainda é o financeiro, e o café se apoia nesse fator fundamental. Uma revisão para baixo na safra deste ano no Brasil e em outros países levou a uma queda nos estoques. Havia uma situação de estoque apertada e esperava-se uma leve melhora nos estoques neste ano, mas houve frustração, principalmente na América Central e na Colômbia, o que levou a uma revisão para baixo nos estoques finais de 2011/2012, que acabou servindo de suporte para os preços. O mercado vem oscilando em função da incerteza financeira. Quando há uma calmaria no quadro financeiro, o preço aumenta. Quando a situação fica grave, o preço baixa. O determinante no curto prazo ainda vai ser a questão financeira.
Para o analista, o começo de ano de 2012 deve ser complicado. No primeiro trimestre, deve-se ter cuidado devido à questão financeira, que não deve ser definida nesse período, e também devido ao fundamento do mercado do café, ou seja, nas forças de oferta e demanda correntes e futuras.
– Você vai ter um equilíbrio. Você tem o fundamento do café, que é um fundamento forte, principalmente nos três primeiros meses do ano, e principalmente no mercado interno, porque estamos na entressafra e o mercado lá fora está respondendo. Devemos ter um primeiro trimestre positivo para o café na questão fundamental, mas incerto na questão financeira.
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Gil Barabach no Mercado & Cia: