– O trigo está estocado nos armazéns das cooperativas, da Cesa, da Conab. E há uma movimentação da Câmara Setorial para que se inicie imediatamente os chamados Prêmios para Escoamento de Produto (PEP). O preço não deve mudar muito, mas permite custear o frete da retirada do trigo daqui para o Nordeste, se pago pelo Prêmio de Escoamento, que é o subsídio público nessa questão do trigo – explica.
A partir de julho de 2012, o Ministério da Agricultura exigirá um trigo com melhor teor de glúten. Até agora, os leilões do governo para escoamento do grão levavam em conta apenas a classificação de tipo e peso do produto. A nova exigência pode tornar o cereal brasileiro mais competitivo no mercado, de acordo com o chefe geral da Embrapa Trigo, Sérgio Dotto.
– A pesquisa se adiantou e está lançando e identificando as variedades existentes no Brasil que atendam a essa nova legislação da qualidade do trigo. Nós não precisamos temer, porque existem variedades no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e no restante do país que atendem bem esse mercado – diz.
A partir de 1º de janeiro, começa a vigorar a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que estabelece novos limites toleráveis para micotoxinas em alimentos. O uso do trigo integral e cereais destinados à alimentação infantil sofrerão restrições quanto à contaminação dos grãos por fungos.