Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até novembro deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula variação positiva de 5,97%.
Segundo o coordenador, os preços das carnes no atacado, que tiveram alta de 5,26% em novembro, já estão em desaceleração, com variação de 2,84% em dezembro, movimento que em breve deve ser captado pelos índices de inflação ao consumidor. Por enquanto, no varejo, ainda estão elevados.
– A dúvida é se a desaceleração dos preços já vista nos frigoríficos será captada ainda em dezembro pelo IPCA – comentou.
Dentro do Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M), que acelerou de 0,43% para 0,71% entre novembro em dezembro, o destaque foi justamente o avanço de 0,52% para 1,24% do grupo Alimentação, liderado por carnes bovinas (1,95% para 5,36%).
– O destaque de alta foi a carne, mas o movimento está perto do final – disse Quadros.
Para o coordenador, os preços de alimentação como um todo devem ceder nos próximos meses, captando o que já ocorre no atacado, “mas não de uma vez”, em razão do tradicional impacto das chuvas no início do ano sobre os produtos in natura.
De acordo com Quadros, o IPC deve experimentar alívio no curto prazo, em função basicamente do desempenho benigno de bens de consumo, enquanto para serviços o cenário não é tão tranquilo. Serviços tiveram queda de 0,49% para 0,43% entre novembro e dezembro.
– A perspectiva de desaceleração está mais para os bens de consumo que para os serviços. Embora tenham tido leve recuo, é cedo para dizer que o movimento tem fôlego. É um ponto de interrogação – declarou.