Apesar da campanha e dos anúncios nos aeroportos, muitos passageiros dizem desconhecer as proibições. A estudante Carolina Pereira relata nunca ter ouvido falar sobre as proibições. Ela mora nos Estados Unidos e visita a família no Brasil com frequência.
– Eu acho que eles deveriam orientar (os passageiros) no momento de sair (do país), na hora em que se compra a passagem internacional – opina.
O mesmo ocorre com o médico João Lindolfo Borges, que afirma não ter sido informado sobre as regras.
– Aprendi com a vida, vendo as pessoas serem abordadas, mas nunca fui orientado nem no Brasil nem fora – enfatiza.
Segundo o fiscal federal agropecuário Marco Túlio Santiago, o transporte incorreto destes itens oferecem perigo à saúde, além de ser ilegal. Os alimentos, por exemplo, passam horas sem refrigeração e acomodação adequadas. Eles podem estragar e provocar doenças em quem consome. Ele aponta que pragas de origem animal e vegetal já entraram no país desta forma. E mesmo quem pretende consumir os produtos na cidade pode colocar em risco a agricultura.
– Bactérias e fungos são transportados com o alimento. Além disso, há o resíduo. O que a pessoa vai fazer com ele? Vai incinerar? Vai ter um fim concreto? Não. Então, é por isso que é apreendido – diz.
A fiscal federal agropecuária Mirela Eidt acrescenta que, também na página do Ministério da Agricultura, é possível verificar as formas corretas de transporte de bagagem.
– Quanto mais corretamente vier a bagagem e os produtos que serão trazidos, mais rápido é o trâmite de fiscalização e mais rápido a pessoa é liberada – explica.