Em sua primeira entrevista coletiva desde que tomou posse no domingo, dia 1º, Graziano disse que não há previsão de que os preços aumentem, como ocorreu nos últimos anos, nem que diminuam, como em 2009.
– Haverá reduções, mas não tão drásticas. Mas a volatilidade vai continuar, isso é claro – acrescentou o diretor em Roma.
Ele lembrou que os baixos estoques alimentícios criam condições para a especulação.
– Se não conseguirmos aumentar a produção no próximo ano e em 2013, continuaremos com baixos estoques e isso será a base da especulação, e vai piorar ainda mais a situação.
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Quando publicou o seu mais recente índice sobre os preços dos alimentos em novembro, a FAO alertou que a volatilidade dos preços coloca em risco a segurança alimentar mundial. A agência estimou que os preços devem se manter elevados em 2012, e que o custo dos alimentos aumentaria em mais de um terço ao longo de 2011 nos países mais pobres.
Os elevados preços dos alimentos são vistos como uma das causas da fome no Sul da Somália e das revoltas no Norte de África.
Graziano apontou ainda que sua prioridade é erradicar a fome no mundo, já que acredita que o número de pessoas abaixo do nível da pobreza deve aumentar este ano. E reconheceu que a recessão prevista para 2012 em grande parte da Europa pode afetar os resultados do trabalho, entretanto, acrescentou que o principal efeito da crise econômica será a necessidade de ampliar as ações.
– Muito mais gente pode morrer de fome. Temos que encontrar maneiras de ajudar esses governos – disse.
