Movimentação irregular de gado é provável motivo para novo foco de aftosa no Paraguai

Segundo o diretor da Secretaria Nacional de Saúde, animais poderão ser sacrificadosA Secretaria Nacional de Saúde e Qualidade Animal do Paraguai (Senacsa) avalia que o novo foco de febre aftosa no país foi causado por movimentação irregular de gado na fazenda Nazareth, no Estado de San Pedro.

– Queremos ir mais fundo na origem desse foco. O estabelecimento incorreu em movimentação irregular de gado, mas ainda não sabemos a procedência – afirmou o diretor de Relações Exteriores e Comércio Internacional, Hugo Idoyaga, em entrevista por telefone, durante uma reunião com represantantes da área sanitária para discutir o problema.

A preocupação das autoridades é pelo fato de que a fazenda Nazareth, onde cerca de 150 animais estariam infectados, teve o gado vacinado há 15 dias.

Segundo Idoyaga, o novo foco ocorreu em uma área localizada a cerca de 15 quilômetros de onde fica a outra fazenda que teve um foco de febre aftosa detectado em setembro do ano passado. Conforme Idoyaga, a Senacsa está avaliando a necessidade de nova vacinação na propriedade e se os animais serão sacrificados ou não. Além disso, a secretaria deverá emitir um novo decreto determinando emergência sanitária na região.

O diretor da secretaria também descartou medidas adicionais no sentido de impedir a exportação de carne para outros países, tendo em vista que somente a carne produzida na região de San Pedro não pode ser comercializada para o exterior.

Antecedentes preocupantes

18 DE SETEMBRO
O Paraguai, que desde 2006 tinha o status de país livre da aftosa com vacinação, confirma foco da doença em uma propriedade a 130 quilômetros da fronteira com o Brasil, no departamento de San Pedro. As suspeitas, no entanto, existiam há ao menos 20 dias.

25 DE SETEMBRO
Autoridades sanitárias encerram o abate de mil bovinos na fazenda.

29 E 30 DE NOVEMBRO
Durante reunião extraordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), no Rio de Janeiro, o Paraguai assegura que a situação está controlada e não há novos focos.

2 DE DEZEMBRO
O Brasil volta a permitir a importação de carne paraguaia.

29 DE DEZEMBRO
O governo paraguaio confirma o fim da emergência sanitária, levantada 15 dias antes pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Anima (Senacsa).

30 DE DEZEMBRO
O Senacsa informa a nova suspeita no departamento de San Pedro. O dono da propriedade admitiu que cerca de 170 bovinos apresentavam sintomas semelhantes à aftosa há 26 dias.

SEGUNDA, DIA 2
A propriedade é interditada, e o novo foco de aftosa é confirmado.

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Confira a localização do distrito de Piri Pukú, na região de San Pedro:


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