– Diante do histórico do primeiro foco que teve no Paraguai a gente percebeu que a fiscalização é suficiente, porém ela tem que ser feita com muita responsabilidade e assiduidade para que a gente não tenha nenhum risco de ter esse vírus no Brasil – afirma o consultor.
Segundo Micheloni, a chance de contaminação é baixa porque o foco está distante. No entanto, o vírus viaja, a fronteira seca que separa os países é extensa e por isso é importante a prevenção.
Para o consultor de mercado, o ganho do Brasil em relação ao mercado da carne bovina é no sentido da exportação.
– No primeiro foco quando o preço lá estava em US$ 64,00, caiu para US$ 32,00, uma queda de 50% no preço deles porque eles não estavam exportando nada. A partir do momento que eles deixam de exportar os compradores vêm para o Brasil, como foi o caso do Chile. O nosso ganho é no sentido de exportarmos mais – explica Micheloni.
No entanto, o consultor afirma que os órgãos sanitários do Paraguai são muito atuantes e conseguiram amenizar o dano para que eles não perdessem tanto mercado.
– Conseguiram mostrar que eles estavam com uma boa conduta. Então pode ser que esse embargo que seria benéfico para nós se fosse 100%, ele não ocorra – afirma.
Para Micheloni, o Brasil está trabalhando bem na prevenção à aftosa, principalmente os Estados do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo ele, o país deve continuar a manter uma fronteira bem fiscalizada para que não haja risco nenhum de entrada do vírus.
Assista ao vídeo da entrevista com Hélio Micheloni no Bom Dia Campo:
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Em linha do tempo, relembre a cronologia do combate à febre aftosa:
Confira a localização do distrito de Piri Pukú, na região de San Pedro:
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