Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a produção de soja terá a maior perda no Rio Grande do Sul, que tem 25% da produção danificada. Conforme estimativa da Agência Estado, as perdas na economia gaúcha podem chegar a R$ 900 milhões. No Paraná, que é o segundo maior produtor do grão no país, a diminuição da colheita deve ser de 10% em relação à safra de 2011. O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) estima que um milhão de toneladas de milho não serão colhidas. A produção terá um recuo de 14% em relação ao ano passado.
Em Santa Catarina, o secretário adjunto da Agricultura, Airton Spies, disse à Agência Brasil que as perdas no campo chegam a R$ 400 milhões. Spies afirmou ainda que as culturas mais afetadas pela seca no Estado são o milho, cuja quebra varia de 30% a 50%, o leite com perda de 30%, o tabaco com 25% e a soja com 10%.
Autoridades catarinenses visitaram as regiões mais afetadas, nesta sexta, dia 6. O governo estadual anunciou a liberação de R$ 1,2 milhão, que será destinado ao transporte de água, compra de máquinas para silagem, alimentação do gado e perfuração de poços artesianos. Pelo último balanço, 1,14 mil agricultores solicitaram o auxílio do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).
A Defesa Civil de cada Estado, as secretarias de Agricultura e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento orientam os produtores rurais em relação ao combate à seca, aos programas do governo e a prazos e documentos para obtenção de auxílio. Os técnicos informaram que será analisada também a possibilidade de renegociação de dívidas e aumento do limite de endividamento dos agricultores.
A assessoria da Proagro acrescentou que o fornecimento de recursos públicos destinados aos produtores rurais nos estados, que sofrem com a estiagem, só serão definidos após a entrega do levantamento dos prejuízos. Especialistas estimam que a estiagem se estenda até o mês de maio.