Os pequenos produtores do norte possuem pastagens verdes, mas com baixo teor de massa e proteína, resultado da falta de chuva. Na propriedade do pecuarista Israel Tomasi, baixou a quantidade de animais por piquetes. A braquiária, mombaça e tifton cultivadas em oito hectares, são insuficientes para alimentar as 23 cabeças em lactação. A produção baixou de 14 para 10 litros por animal ao dia.
– Primeiro veio a geada e agora a seca. Os campos destinados para as vacas mais magras, agora estão em uso para todas e estou dando ração pra elas. Já perdi dois animais por causa disso – relata.
A estiagem já compromete a alimentação dos animais para a época mais fria do ano. Em uma área com o cultivo de cana-de-açúcar deveriam ser colhidos 120 toneladas por hectare. Com a seca houve quebra e não devem ser colhidas mais de 80 toneladas por hectare.
A pastagem perene segue no mesmo caminho, até abril é o período de desenvolvimento vegetativo. Porém, sem umidade no solo, o alimento não acumula valor nutricional.
– O pasto precisa de chuva pra ter a capacidade de alimentar e nutrir o gado. Isso não está ocorrendo, ou seja para esse ano todo a estiagem já está afetando a alimentação para todo o ano. A cana, que foi alimento no inverno, com a seca não se recuperou e agora é prejuízo certo – explica o extensionista da Emater, Antonio Carlos Ulbrich.
De acordo com o Departamento de Economia Rural o Paraná produz 3, 5 bilhões de litros de leite por ano.