Apesar de ocupar a segunda posição na quantidade de capital emprestado, Mato Grosso registrou o maior crescimento percentual em 2011. Foram liberados quase R$ 650 milhões a mais que no ano anterior, um incremento de 51%.
O campo foi o maior responsável por impulsionar esta alta. Pelo menos 66% dos recursos foram financiados pelas linhas do FCO Rural. O setor confirma a importância das linhas de crédito do FCO, entre elas a que atende pecuaristas que pretendem recuperar áreas de pastagens degradadas, que permite o pagamento do saldo em até 12 anos.
Entre as vantagens que atraem os tomadores de crédito, estão condições diferenciadas, como limite de até R$ 20 milhões por pessoa e prazos que chegam a 20 anos, incluindo 12 de carência. As taxas de juros também são consideradas baixas. De acordo com o perfil do beneficiário, podem variar de 4,25% ao ano para micro-empreendedores a no máximo 10% para grandes empresários, com receita anual superior a R$ 90 milhões. A maior reclamação, no entanto, diz respeito à burocracia na hora de aprovar a concessão do crédito.
Para 2012 o orçamento previsto do FCO é de R$ 5,1 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão para Mato Grosso. Caso a demanda supere o valor estimado, o orçamento disponível para o Estado pode ser reajustado.
O FCO foi criado pela Constituição Federal de 1988, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região Centro-Oeste. O fundo é administrado conjuntamente pelo Ministério da Integração Nacional, Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste e Banco do Brasil.