O desconforto com as altas temperaturas atinge quase 12 mil pintos em um aviário de Erechim, no norte gaúcho. O calor só diminui quando o produtor Geonir de Cézaro liga os ventiladores. É como se as aves voltassem ao estado normal.
– No verão temos que ligar todos os ventiladores e nebulizadores. Sem luz, não tem como trabalhar com frango – relata.
O problema é que o consumo de energia dobra na propriedade. No verão, a conta passa de R$ 130,00 para R$ 300,00.
– A água e a comida são trazidas por luz. Se falta luz para tudo – conta.
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As aves consomem cinco mil litros de água por dia nesta época do ano. E mais quatro mil litros são usados por máquinas que umidificam o ar. Por isso sempre que pode o produtor tenta economizar energia.
As temperaturas próximas de 40ºC na primeira quinzena de janeiro fizeram o Rio Grande do Sul bater recorde no consumo de energia. O uso racional dos aparelhos é aconselhado pelas companhias para evitar o risco de corte no abastecimento. E os cuidados valem tanto para quem mora na zona urbana quanto na zona rural.
– No campo como na cidade são os mesmos equipamentos, se desperdiça igual – afirma o engenheiro do departamento de eficiência energética da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Sérgio Rahde.
As dicas para gastar menos energia são: mantenha janelas e portas fechadas quando o ar-condicionado estiver ligado; limpe o filtro do aparelho periodicamente; desligue as luzes das dependências desocupadas; não abra a porta da geladeira ou freezer por muito tempo sem necessidade. O mesmo vale para quem trabalha com câmaras frigoríficas para conservar carnes ou frutas na propriedade.
– Uma câmara frigorífica é como um refrigerador doméstico. A função deles é retirar calor, então, cada vez que abrimos a porta, jogamos calor lá dentro e o equipamento funciona mais, resultando no aumento no consumo – explica o engenheiro.
