Exportações do Rio Grande do Sul crescem 9,6% em volume em 2011

Embarques de grãos de soja foram destaque com crescimento de 225,7% na comparação de dezembro de 2010 com o mesmo mês de 2011As exportações do Rio Grande do Sul registraram, em dezembro, um valor de US$ 1,4 bilhão, que representa um acréscimo de apenas US$ 88,9 milhões (7%) em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse resultado foi superior ao observado na média nacional (5,8%), com o volume exportado (6,3%) também superior ao registrado pelo país (-1,5%).

No mês, o Estado ocupou a sétima posição nas exportações nacionais, com uma participação de 6,17% (a menor do ano), abaixo de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Espírito Santo e Paraná. Destacam-se, na comparação de dezembro de 2010 com o mesmo mês de 2011, os crescimentos das exportações de grãos de soja (225,7%), com um acréscimo de US$ 70,6 milhões, fumo (93,8%), com um acréscimo de US$ 51,8 milhões e óleo de soja (198,8%), com um acréscimo de US$ 34,1 milhões. Considerando-se os países de destino, o grande destaque foi o aumento para a China (US$ 117,4 milhões) devido ao acréscimo (US$ 78,2 milhões) das exportações de grãos de soja para esse país.

Nos primeiros doze meses do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 19,4 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um acréscimo de US$ 4 bilhões.

A expansão, em volume, das exportações do Estado (9,6%) foi bem superior à observada em nível nacional (2,9%), mas, em função do crescimento menor dos preços (15,2% no Rio Grande do Sul contra 23,2% no Brasil), o desempenho em valor das exportações gaúchas (26,3%) ficou um pouco abaixo do desempenho observado em nível nacional (26,8%). Esse resultado mantém o Estado em quarto lugar entre os maiores Estados exportadores — abaixo de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro —, representando 7,59% das exportações nacionais, valor este ainda menor que o observado em 2010 (7,62%), que era o menor dos últimos oito anos.

As exportações da indústria de transformação registraram crescimento de US$ 2,5 bilhões no acumulado do ano (elevação de 18,4% em valor, 5,7% em volume e 12,5% em preços), enquanto as exportações agropecuárias aumentaram US$ 1,6 bilhão (acréscimo de 76% em valor, 38% em volume e 27,6% em preços). Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se o crescimento de US$ 1,2 bilhão das vendas de grãos de soja (65,4% em valor, 24,9% em volume e 32,4% em preços) e a forte expansão de US$ 369,7 milhões das exportações de trigo (450,6% em valor, 220,7% em volume e 71,7% em preços).

Na indústria de transformação, salienta-se o crescimento de US$ 1 bilhão das exportações de produtos alimentícios e bebidas (28,3% em valor, 10,6% em volume e 15,9% em preços), explicado, principalmente, pelos acréscimos de US$ 548,7 milhões das vendas de óleos e gorduras vegetais e animais (45,1% em valor, 20,4% em volume e 20,5% em preços) e de US$ 376,4 milhões das exportações de produtos amiláceos e rações (222% em valor e 218% em volume). No segmento de óleos e gorduras, destacam-se os crescimentos de US$ 343,2 milhões nas vendas de farelo de soja (41,1% em valor e 24,4% em volume) e de US$ 198,2 milhões nas de óleo de soja (52,5% em valor e 10,4% em volume).

Também contribuíram positivamente para o desempenho da indústria de transformação o aumento de US$ 511,4 milhões das vendas do setor de produtos químicos (28% em valor, 2,5% em volume e 24,9% em preços), o acréscimo de US$ 441,1 milhões das exportações de veículos automotores (54,5% em valor, 37,3% em volume e 12,5% em preços) e a expansão de US$ 324,7 milhões das vendas de máquinas e equipamentos (24,9% em valor, 13,8% em volume e 9,8% em preços).

Entre os destaques negativos, estão as exportações do setor de refino de petróleo, que apresentaram redução de US$ 154,7 milhões (-41,7% em valor, -54% em volume e aumento de 26,8% em preços), e de calçados, com redução de US$ 106,3 milhões (-12,7% em valor, -21,1% em volume e crescimento de 10,6% em preços).

No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado, destacam-se, no acumulado do ano, os crescimentos de US$ 988,6 milhões das vendas para China (41,3%), de US$ 295,4 milhões para a Argentina (17,6%), de US$ 245,6 milhões para a França (139,4%) e de US$ 207,0 milhões para a Venezuela (85,8%). A redução de US$ 210,4 milhões (-38,4%) para a Rússia e a queda de US$ 91,7 para a Bélgica (- 16,0%) constituíram os destaques negativos.