Na área central do Rio Grande do Sul, choveu na maioria dos municípios. Em nova Nova Palma registraram-se 120mm no sábado, dia 21.
— Não dá para amenizar completamente a seca, mas deve melhorar as pastagens e a condição da soja, que está em desenvolvimento — comemorou o chefe do escritório da Emater em Nova Palma, Francisco Pozzer.
Em Santa Maria, choveu forte no fim da tarde de sábado e no início da tarde de domingo, dia 22, para alegria do agricultor Clóvis Medina Coden, 57 anos. Até o fim da semana passada, ele previa perder seus 200 hectares de soja. No domingo, depois de 100mm de precipitação, a perspectiva era outra.
— Achei que não conseguiria pagar as contas. Agora, vai dar para quitar as dívidas e pensar no futuro. Agora dá para sorrir — contou.
Segundo o agrônomo da Emater Amauri Coracini, a chuva que atingiu o noroeste do Estado desde a quinta passada, dia 19, representa uma esperança para a soja e as pastagens que começam a se restabelecer e representar ganho na alimentação dos animais.
— As perdas consolidadas não se alteram, mas a chuva traz a expectativa de melhorias para culturas como o milho, que ainda pode ser plantado, e os pomares, cujas frutas e hortaliças ganham novo vigor — explica Coracini.
Perto de áreas beneficiadas, contudo, houve municípios que não receberam chuva alguma, como Santa Margarida do Sul, perto de Santa Maria. A precipitação também foi quase nula em São Gabriel, onde os produtores projetam perda de 90% na safra do milho.
O alento é que, a partir de agora, o intervalo entre as chuvas deve diminuir. Desta segunda, dia 23, a quarta, dia 25, praticamente todo o Rio Grande do Sul deve receber precipitações.