Bons resultados de feiras incentivam produtor de ovinos do Rio Grande do Sul

Apesar da redução da oferta, Feovelha projeta faturar mais de R$ 1 milhãoCom o preço do cordeiro estabilizado, depois de pelo menos dois meses de queda, a Feovelha começa nesta quarta, dia 25, em Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul, com a promessa de repetir o bom resultado de 2011, quando teve faturamento superior a R$ 1 milhão. Cerca de cinco mil exemplares, de 12 diferentes raças, estarão à venda, no momento em que o preço do quilo vivo está entre R$ 3,60 e R$ 4.

Nem mesmo a redução da oferta, em mil cabeças, compromete a expectativa de bons negócios. Compradores de todo o país devem estar presentes no evento, que termina no dia 31 de janeiro. Para o diretor do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Max Garcia, a diminuição da oferta, principalmente de fêmeas, na feira deste ano, deve-se, em parte, ao programa Mais Ovinos – que fomenta a retenção de matrizes no campo para aumento do rebanho. Uma redução positiva, esclarece, já que isso significa que dentro de dois anos o número de cabeças de ovinos no Estado vai aumentar.

O resultado das feiras tem sido o principal incentivo ao produtor. A Mercotexel, que ocorreu sábado, em Santana do Livramento, arrecadou R$ 143 mil na venda de cerca de 200 animais. Cifra bastante superior à alcançada em 2011 no mesmo evento, que foi de apenas R$ 19 mil.

— Em 2011, faltavam compradores e sobravam vendedores. Este ano foi o contrário. Acho que isso é resultado de um mercado consolidado. Todos sabem que tanto a lã quanto a carne estão em alta — comenta o presidente do Sindicato Rural da cidade, César Maciel.

Lembrando que os ovinos não sofrem tanto com a seca, o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado do Rio Grande do Sul, Jarbas Knorr, comenta que os últimos remates têm apresentado pista rápida e limpa.

— O ovino come pasto baixo, só precisa de água para beber. A ovinocultura está em um ótimo momento de valorização de preços — completa.