A AgRural considera que o maior responsável pelo recuo é o Paraná, mais especificamente a região oeste do Estado, embora também haja perdas no norte. “Depois do recorde de 56 sacas por hectare da safra passada, a média esperada agora é de 46 sacas, abaixo também das 51 sacas da estimativa preliminar. Isso resulta em produção de 12,7 milhões de toneladas, ante estimativa inicial de 14,1 milhões”, disse a consultoria em seu relatório.
O Rio Grande do Sul, que planta mais tarde, ainda não tem redução tão grande, mas a perda de potencial já coloca sua produção abaixo de 10 milhões de toneladas. “Daqui em diante, cada dia sem chuva tende a reduzir ainda mais o rendimento das lavouras gaúchas. Precipitações regulares nas próximas semanas, em contrapartida, favoreceriam as plantações que ainda estão em desenvolvimento vegetativo e que representam cerca de metade da área de soja do Estado”, completou a consultoria.
De acordo com o relatório, 3% da área de Mato Grosso foi colhida, ante 2% no mesmo período do ano passado. Goiás e Paraná têm 1% de suas áreas colhidas. “Apesar das reclamações por causa das chuvas no Centro-Oeste, o que se tem até agora é mais o temor de que a situação piore nas próximas semanas do que um atraso propriamente dito. Mato Grosso e Goiás relatam bons níveis de produtividade neste fase inicial dos trabalhos”, explica.