Desmatamento em Mato Grosso registra queda de 30% em quatro anos, segundo pesquisa

De acordo com estudo norte-americano, queda na derrubada de árvores é atribuída a mudanças na forma de explorar o soloA produção de soja em Mato Grosso avançou 30% entre 2006 e 2010, passando de 15,6 milhões de toneladas para 20,5 milhões de toneladas. O desmatamento registrado no Estado, por sua vez, recuou na mesma proporção, de acordo com estudo publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. O trabalho cruzou dados de satélite com estatísticas governamentais sobre desmatamento e produção agrícola em Mato Grosso nos anos 2000. As lavouras cultivadas com o grão representam 30% da soj

O estudo atribui a queda na derrubada de árvores a mudanças na maneira de explorar o solo. A pesquisa aponta que o aumento da produção de soja entre 2001 e 2005 foi causado principalmente pela expansão do cultivo em áreas que antes eram dedicadas a pastagens (74%), seguidas de áreas de florestas (26%). Essa realidade, ainda conforme a publicação, mudou entre 2006 e 2010, quando o avanço da produtividade e da expansão da área de cultivo sobre áreas que já estavam desmatadas foram os principais motivos do aumento da produção.

Segundo os pesquisadores, a redução do desmatamento coincidiu com a implantação de várias iniciativas governamentais para frear a derrubada de árvores. Entre elas, o plano de ação para prevenção e controle do desmatamento na Amazônia Legal, a moratória da soja e a criação da lista negra com os municípios que apresentam maiores índices de desmatamento.

Na fazenda do produtor rural Diorginis Seron, em Campo Verde, a colheita está em fase inicial. O agricultor diz esperar colher em média 60 sacas por hectare. O volume é superior ao que era registrado há alguns anos, quando o potencial produtivo das plantações era pelo menos 10% menor.

Os resultados da pesquisa foram publicados no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.