Logo na abertura do cortejo, ambientalistas declaravam a morte das florestas brasileiras por causa das mudanças no Código Florestal. Caixões com mudas de plantas foram levados pelo grupo durante o trajeto. O diretor de Políticas Públicas da organização não governamental SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, disse que, diante da aprovação do texto pelo Congresso Nacional, a sociedade civil não pode se calar e deve cobrar o veto da presidenta Dilma Rousseff.
– Cada vez agregamos mais segmentos nessa briga, outros movimentos sociais, inclusive os trabalhadores da agricultura familiar. Chega de hipocrisia, vamos denunciar toda essa chantagem que vem sendo feita pelos ruralistas contra o governo e contra a sociedade – diz.
Com público eclético, a marcha refletiu a diversidade dos debates que vão acontecer ao longo da semana, focados principalmente na crise econômica internacional e na preparação para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio Mais 20, marcada para junho.
Entre sindicalistas, estudantes, movimentos sociais, aposentados, feministas, um grupo de ativistas da comunidade alternativa Aldeia da Paz chamava a atenção com cartazes que traziam frases pacifistas e lemas como “Só o amor transforma”.
A marcha também foi espaço para a crítica e oposição ao governo, como o grupo do PSTU que levava uma grande bandeira com palavras de ordem contra o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e a presidenta Dilma Rousseff.
A marcha abriu oficialmente a programação do FST, que, até domingo, dia 29, deve reunir cerca de 30 mil pessoas em quase mil atividades em Porto Alegre e em mais três cidades da região metropolitana de Porto Alegre.
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