– A gente vive um mundo, cada vez mais, de grandes empresas. Seja no ramo dos insumos seja na parte da comercialização, da industrialização. Então, o pequeno tem uma dificuldade muito grande de enfrentar essa competição com os grandes e a maneira de enfrentar isso é de forma associada. Tanto para ter acesso aos insumos, com condições de ter preços melhores, como para depois comercializar seu produto e até verticalizá-lo – diz.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que 50% das pessoas que passam fome no Brasil estão no campo. Um dos fatores que contribui para esta realidade é a falta de motivação dos produtores em permanecer nas zonas rurais. No Fórum Social Temático, o cooperativismo tem sido apontado como uma solução para o problema.
– Temos um problema sério de envelhecimento do campo, os jovens saindo. Então, temos que criar mecanismos que ajudem para que essas pessoas tenham interesse de ficar e consigam com isso ter qualidade de vida. Temos que fazer com que a vida no campo seja uma digna de qualidade e que isso seja uma opção real para o jovem. Vemos no cooperativismo uma maneira de fazer isso – salienta.
Durante o evento, grupos temáticos discutirão propostas, que serão encaminhadas para a Conferência Rio Mais 20, conforme o membro da coordenação do Fórum, Mauri Cruz.
– Todo o debate que estamos fazendo aqui, em especial nos grupos temáticos, grupo da água, grupo sobre a questão da devastação, da defesa das florestas, tema da energia, questões das cidades. Todos esses debates estão sendo trabalhados e deverão ser encaminhados para essa grande cúpula dos povos junto com a Rio Mais 20 – afirma Cruz.