– O embargo teve impacto negativo, mas nos fez procurar outros mercados. Tivemos abertura da China e de Hong Kong, o que trouxe uma boa expectativa para 2012. Conseguimos recuperar as vendas no fim do ano com Hong Kong, que superou as expectativas – avaliou.
Marcelo Lopez também comemora a abertura de mercado dos Estados Unidos, conhecidos pela exigência, e a aproximação com o Japão. Depois de missões do país asiático ao sul do Brasil, a expectativa é de que as exportações comecem a qualquer momento. Já o exemplo norte-americano legitima a excelência sanitária do Brasil e prova que o país tem condições de atender qualquer mercado.
– Os Estados Unidos são uma grande conquista. É um país muito exigente, o que mostra que a carne brasileira tem qualidade – afirmou Lopez.
Por conta disso, o presidente da entidade defendeu que as restrições da Rússia ao produto não são por questões sanitárias.
– Não se sabe qual é o problema. Não recebemos uma explicação, não tivemos um retorno. Nem o próprio Ministério sabe – conclui, completando que acredita no empenho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em resolver o problema.
Custo da produção
Marcelo Lopez também falou de outros temas, como a carência de insumos no Brasil. Para ele, o país tem um sério problema de abastecimento, e é preciso que se pense em políticas para toda a cadeia produtiva – desde o grão, que compõe a ração animal, até o consumidor final.
A estiagem que atinge o Sul provocou quebra da safra de milho, encareceu o produto e, automaticamente, elevando os custos da suinocultura – que utiliza o grão como componente básico na alimentação dos animais.
Sobre o sistema de integração, modelo adotado por 70% dos suinocultores do Brasil, é defendido por Lopez, com ressalvas.
– Acho que o sistema é sadio, desde que tenha ordenamento jurídico. Hoje temos uma variedade de contratos, e muitos prejudicam o criador – analisou.
Assista à entrevista na íntegra: