Lucro da empresa Sara Lee recua 44%

Companhia norte-americana de alimentos é responsável pela comercialização de 11 marcas de café no BrasilO lucro da Sara Lee, companhia norte-americana de alimentos, caiu 44% no segundo trimestre fiscal, encerrado em 31 de dezembro. Vendas menores do que o esperado prejudicaram as margens da empresa. No Brasil, a Sara Lee comercializa os cafés Pilão, Caboclo, Café do Ponto, Damasco, Maracaná, Bom Taí, Pacheco, Palheta, Seleto, Moka e Jaraguá.

A Sara Lee lucrou US$ 469 milhões (ou 79 cents por ação), no período, ante US$ 833 milhões (ou US$ 1,30 por ação), obtidos um ano antes. Excluindo itens como encargos de depreciação e ganhos ou perdas na venda de negócios, o lucro ajustado subiu de 21 para 27 cents.

A receita com vendas aumentou 6,3%, para US$ 2,08 bilhões. Analistas consultados pela Thomson Reuters estimavam, recentemente, o lucro em 25 cents por ação, com receita de US$ 2,14 bilhões. A margem operacional caiu de 8,9% para 4,9%.

As vendas de carnes – que incluem os segmentos de varejo da América do Norte, alimentos para consumo fora de casa (“foodservice”) e carnes especiais – aumentaram 2,3% no trimestre. Os segmentos de café e chá registraram aumento de 11% nas vendas, enquanto as vendas de panificação na Austrália subiram 1,7%. A companhia reiterou suas perspectivas para o ano e disse que pretende pagar dividendos especiais de US$ 3 por ação.

A Sara Lee, que já foi uma grande mistura de produtos domésticos e marcas de alimentos, vem trabalhando nos últimos anos para reduzir a variedade de seus negócios. A companhia também está no processo de cisão das operações internacionais com café e chá, que atuarão separadamente em relação aos outros negócios na América do Norte, que incluem as marcas Jimmy Dean e Hillshire Farms.

Como outras fabricantes de produtos para o consumidor, a Sara Lee tem aumentado seus preços, em resposta à alta das commodities. Mas compradores cautelosos recuaram, provocando a queda no volume de vendas da companhia. Mesmo assim, ela espera ampliar sua participação de mercado lançando novos produtos, em vez de baixar os preços.

Agência Estado