Análise da qualidade da soja de Mato Grosso continua nesta safra, diz Aprosoja

Entidade pede que produtores enviem amostras da cultivar para avaliação na Universidade Federal do EstadoPelo quinto ano consecutivo, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), trabalha na análise das qualidades intrínsecas e nutricionais presentes nos grãos de soja produzidos no Estado. Na safra 2011/2012, a entidade pede que produtores enviem amostras para a análise do laboratório da universidade. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria Aparecida Braga Caneppele, é fundamental a diversifica

– Este ano solicitamos à Aprosoja o envio de amostras de cultivares de ciclo precoce, médio e tardio, de diversas regiões e municípios produtores – diz.

Conforme a entidade, o projeto “Classificação de Grãos” busca levantar informações para diferenciar o grão produzido nas diferentes regiões do Estado.

– As pesquisas norteiam o caminho que o produtor precisa seguir, dando condições e mostrando onde pode ter melhoria, além de poder ser um diferencial na hora da comercialização. Acreditamos que no futuro poderemos oferecer ao mercado um produto customizado, indicando onde está a soja com maior valor protéico ou de extração de óleo – destaca o gerente de planejamento da Aprosoja, Cid Sanches.

No ano passado, segundo as análises realizadas durante o projeto, a qualidade da soja de Mato Grosso supera a dos grãos produzidos nos Estados Unidos. Na composição do grão mato-grossense, o índice de proteína varia de 39% a 42% e de óleo entre 17% a 23%. Já em campos americanos o máximo da qualidade da soja, que são os elementos que compõem os grãos, é de 37% de proteína e 20% de óleo.

– O máximo deles (Estados Unidos) é o mínimo nosso. Conseguimos constatar que o grão da soja plantada em Mato Grosso é excelente e atende as exigências das indústrias – afirma a professora.

A coordenadora explica que os resultados são influenciados pelas condições climáticas e pelo tipo da amostra, além da maneira com que é realizada a coleta.

– Os desafios para os trabalhos deste ano são uniformizar o envio das amostras, aperfeiçoar a obtenção dos dados climáticos, aprimora a metodologia, entre outros. Cada safra apresenta uma característica e nosso objetivo final é ter um estudo aprofundado e completo da qualidade da soja produzida em Mato Grosso – aponta.