Consultoria revê para baixo produtividade da safra de milho e soja

Segundo a Céleres, longo período de estiagem na região Sul do Brasil afetou números geraisA consultoria Céleres reduziu, nesta segunda, dia 6, sua estimativa para a safra 2011/2012 de soja e milho do Brasil, em função da prolongada estiagem na região Sul. No caso do milho, o rendimento médio projetado agora é de 4,09 mil quilos por hectare, 5,7% menor que na safra 2010/2011 e queda de 3,5% em relação ao levantamento de janeiro. Já para a oleaginosa, a redução foi para 72 milhões de toneladas, ante 74,44 milhões de toneladas na previsão de janeiro. Assim, a produção nacional ficará 3,

A previsão de produtividade foi reduzida para 2,87 mil quilos por hectare, ante 2,96 mil quilos no relatório anterior. A área plantada foi mantida em 25,1 milhões de hectares. Os principais ajustes nas produtividades esperadas foram realizados nas previsões para a Bahia (+151 quilos por hectare), Piauí (+80 quilos por hectare), Rondônia (-153 quilos por hectare), Paraná (-293 quilos por hectare) e Rio Grande do Sul (-301 quilos por hectare). Neste último, a estimativa aponta queda média na produtividade de 25,2% em relação ao registrado na safra passada.

“Como as lavouras de soja na região Sul ainda estão em fase de desenvolvimento, acredita-se que o retorno das chuvas poderá estancar o processo de perdas nas produtividades médias”, destacou a Céleres.
 
A produção de milho na safra verão foi estimada em 35,44 milhões de toneladas, aumento de 7,3% ante o ciclo anterior, quando a área cultivada foi menor, e de 3,8% em relação ao esperado no mês passado. A área cultivada com milho primeira safra foi confirmada em 8,65 milhões de hectares, aumento de 13,8% sobre 2010/2011, e leve recuo (0,2%) ante janeiro.

“No atual contexto de quebra na produção no Estado do Paraná, que até a safra passada foi o maior produtor de milho na safra verão, Minas Gerais passa a ser o maior produtor do cereal na primeira safra, situação que não é vista desde a safra 2008/2009”, aponta a consultoria. Minas Gerais deve produzir 6,8 milhões de toneladas e o Paraná, 6,3 milhões de toneladas.