Avaliando os fertilizantes, a maior queda foi obtida na ureia, 15% em relação a dezembro. Além deste, os preços de super simples, super triplo e cloreto de potássio também resultaram em queda no primeiro mês do ano. Entretanto, se comparada ao início do ano passado, a relação de troca continua elevada, pois em janeiro de 2011 podia-se comprar o pacote de fertilizantes por 10 sacas, por hectare. Essa diferença é, em grande parte, efeito do dólar, que no primeiro mês do ano passado valia R$ 1,67 médio e, em janeiro deste ano, estava R$ 1,79. Neste momento, o acompanhamento do mercado de fertilizantes com preço em queda e o câmbio, que parece ter perdido força, podem favorecer a realização de bons negócios.
Produção
A estimativa para a produção de soja brasileira no ciclo 2011/2012 é de 74 milhões de toneladas, segundo levantamento divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). Este valor é 1,3% menor que a última estimativa. Esse processo de diminuição ocorreu devido à seca que atingiu o Sul do país, que é uma região produtora importante para o Brasil. Mesmo com essa diminuição, o total importado permanece o mesmo. Já as estimativas para o volume exportado são de que este deve aumentar 1,3% com relação à estimativa passada, quando 38,5 milhões de toneladas foram exportadas. O consumo brasileiro do grão também continua o mesmo. Assim, os estoques finais apontaram para 17,3 milhões de toneladas, ou seja, 8,1% menores que os 18,9 milhões de toneladas estimados em dezembro de 2011.
Com o encerramento do mês de janeiro com praticamente toda soja do ciclo 10/11 vendida e 60% da safra 2011/12 comercializada, o produtor começa a voltar ao mercado para analisar valores para o restante da produção, 8,9 milhões de toneladas, estimada. Em 2012, a expectativa do aumento do consumo chinês e a redução da safra de algumas importantes regiões produtoras, podem influenciar positivamente os preços.
Farelo de soja
Conforme os dados divulgados pela Secex das exportações de 2011, o valor acumulado da receita pelas exportações de farelo de soja em Mato Grosso teve um aumento de 33,6%, ou US$ 413,00 milhões, nos últimos quatro anos. Em 2011 ocorreu uma queda de 6,7% no volume embarcado do farelo de soja, diminuição compensada pelo valor pago pelo produto, que foi de US$ 1,64 bilhões, uma alta de 5,7% em comparação ao ano de 2010, que foi de US$ 1,55 bilhões. Esse aumento no valor recebido dos embarques pode ser explicado pela alta de 10% que ocorreu no preço médio pago pela tonelada, que foi de US$ 350,54/t em 2010 para US$ 396,87/t em 2011, além da maior demanda interna são fatores que deram sustentação ao mercado.
Tempo em MT
De acordo com relatório divulgado pela Somar Meteorologia, as chuvas durante a semana devem diminuir em Mato Grosso. A expectativa é de que na próxima semana o intervalo entre as chuvas seja maior e dê uma trégua para entrada das máquinas no campo. A previsão para Sorriso e Sinop é de quatro dias sem precipitação, a partir desse domingo, dia 5, com céu aberto. Com esse cenário, a propensão é de que a colheita da soja no Estado avance com mais facilidade e aumente percentualmente, o que ajudará também no plantio do milho. As regiões centro-sul, sudeste e oeste continuarão com baixo volume de precipitação nos próximos 15 dias, contribuindo também para o andamento da colheita e diminuição da umidade dos grãos em campo.