O USDA estimou a área plantada com milho em 94 milhões de acres (1 acre equivale a 0,40 hectare), mais do que os 91,9 milhões cultivados em 2011. A safra deve totalizar 14,24 bilhões de bushels (361,7 milhões de toneladas), superando a produção de 2011, de 12,31 bilhões de bushels (312,7 milhões de toneladas).
A área plantada com soja deve chegar a 74 milhões de acres, menor do que os 75 milhões de acres plantados em 2011. Segundo o USDA, até 2021/2022 a área com soja deve permanecer entre 74 e 76 milhões de acres. Já a área com trigo deve totalizar 56,5 milhões de acres, mais do que os 54,4 milhões de acres do ano anterior. Segundo analistas, a relação entre os preços do milho e da soja favoreceram o plantio de milho durante meses. Muitos traders vêm supondo que a área plantada com milho somará 93 milhões de acres ou até 95 milhões de acres.
Apesar de uma área plantada menor, o USDA espera produção maior de soja, totalizando 3,21 bilhões de bushels (87,5 milhões de toneladas), mais do que os 3,046 bilhões de bushels do ano passado (82,9 milhões de toneladas). O clima quente limitou o rendimento do milho e da soja nos Estados Unidos em 2011 e traders disseram que as condições podem impulsionar a produtividade em 2012. A produção total de trigo deve alcançar 2,12 bilhões de bushels (57,7 milhões de toneladas), mais do que os 2,0 bilhões de bushels de 2011 (54,4 milhões de toneladas), de acordo com as estimativas do USDA.
Como as estimativas de base não são feitas por meio de pesquisa com produtores, não são consideradas uma referência para os futuros de commodities. Em suas projeções, o USDA diz que elas são “um ponto de partida para discussões sobre resultados alternativos para o setor”.
A elevada estimativa de produção de milho é um ponto de partida para traders avaliarem o cenário de oferta e demanda do ano que vem e pode limitar o potencial de alta dos futuros de milho, conforme analistas. No entanto, com o clima quente e seco limitando a produção de milho tanto nos Estados Unidos quanto na América do Sul durante o último ano, produtores podem se ver pressionados a cumprir as previsões do USDA, comentou o presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, Mike Zuzolo.