Pesquisa visa integrar plantio de eucalipto e criação de ovinos em São Paulo

Primeiros resultados devem ser divulgados até a metade de 2012Uma pesquisa realizada em Itapetininga, no interior de São Paulo, visa desenvolver a integração entre o plantio de eucalipto e a criação de ovinos. Os primeiros resultados devem ser divulgados até a metade do ano.

Em uma área no município paulista estão 52 matrizes de ovinos de corte das raças ille de france, texel e santa inês. A pesquisa começou em abril de 2010, com o plantio das árvores. Os animais vieram em dezembro de 2011. O trabalho é realizado por três entidades do governo de São Paulo, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), a Faculdade de Tecnologia (Fatec) e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).

O objetivo principal é o uso mais eficiente da área. As ovelhas podem ser colocadas junto com os eucaliptos logo depois do desmame, mas isso só deve ocorrer quando as plantas atingirem pelo menos 1,5 metro. A altura é necessária para evitar que os animais danifiquem as árvores.

Na integração, o eucalipto ajuda a nutrir o pasto e distribui melhor a sombra ao longo da área. Os animais não se aglomeram, ficam mais confortáveis, se alimentam melhor e os dejetos deles servem como um adubo natural. Segundo a coordenadora do projeto, Cristina Maria Pacheco Barbosa, o segredo é o produtor conhecer tanto de florestas plantadas quanto de pastagem.

O trabalho com ovinos e eucaliptos tem término previsto para dezembro de 2014. Os primeiros resultados devem começar a ser divulgados em publicações especializadas até a metade deste ano, mas a intenção é experimentar o uso desta técnica fora de um ambiente de pesquisa, totalmente controlado. Já estão sendo feitos contatos com produtores da região de Itapetininga. A expectativa dos pesquisadores é iniciar a aplicação do sistema em uma propriedade comercial até o final desse ano.

Segundo a coordenadora do projeto, essa parte da pesquisa é importante para saber a viabilidade econômica da integração ovino-eucalipto. O tamanho do investimento e a expectativa de rentabilidade ainda não foram calculados. O que os especialistas consideram até esse momento é que o sistema pode ser uma alternativa interessante para pequenos produtores.