Arrozeiros do Rio Grande do Sul reivindicam prazo maior para parcelamento de dívidas

Abertura oficial da colheita começa dia 23 e produtores aguardam resposta do governoCom o preço do grão estabilizado, os arrozeiros do Rio Grande do Sul reivindicam que o governo dê maior prazo para o parcelamento de dívidas. Perto da 22ª Abertura Oficial da Colheita, dia 23, os produtores aguardam uma resposta durante a realização do evento.

Entre gastos relativos a custeio e investimentos, o total de dívidas chega a R$ 3 bilhões. O documento que a Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) entregou ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, pede a liberação para o pagamento dos débitos agrícolas em 35 anos.

Segundo o presidente da Federarroz, Renato Rocha, a rentabilidade da atividade é pequena e não pode ser comprometida com o pagamento das dívidas. A contrapartida por parte do governo é esperada pelos produtores antes do vencimento dos débitos, em junho e julho.

Quem apostou no plantio de soja como alternativa também sofreu impacto da estiagem. Foi o caso do agricultor Ademar Leomar Kuchenborger, de Cachoeira do Sul. Este ano, dividiu a lavoura entre as duas culturas, mas a produção do arroz ficou mais cara em função do aumento dos custos com a irrigação.

— A situação está muito difícil. Sem uma política agrícola e uma composição de dívida, não vai ter continuidade — desabafa Kuchenborger.