O IBGE destacou o aumento na produção de quatro produtos: fumo (22,0%), mandioca (7,3%), feijão (10,9%) e laranja (2,8%), enquanto que não houve aumento de área plantada desses itens na mesma proporção (1,8%, -11,3%, 5,1% e -11,8%, respectivamente).
– Você tem crescimento de produção e área plantada crescendo menos. Há claramente um crescimento da produtividade, e isso reflete nesse crescimento aqui também (no PIB do setor), de 8,4% – apontou Roberto Luís Olinto Ramos, coordenador de Contas Nacionais do IBGE.
Abaixo da média mundial
De acordo com o IBGE, o PIB Brasileiro em 2011 cresceu menos do que a média mundial. Segundo o instituto, crescimento foi de 2,7%, enquanto a expansão média mundial, de acordo com uma projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi 3,8%.
O Brasil registou crescimento inferior ao da China (9,2%), Índia (6,9%), Coreia do Sul (3,6%), África do Sul (3,1%) e Alemanha (3%). No entanto, o PIB nacional cresceu mais do que o dos Estados Unidos (1,7%), França (1,7%), Reino Unido (0,8%), Espanha (0,7%), Itália (0,4%) e Portugal (-1,5%).
A indústria foi um dos destaques negativos, na comparação do quarto trimestre de 2011 contra o quarto trimestre de 2010. Nesta série comparativa, a queda de 0,4% no PIB da indústria foi o pior desempenho também desde o terceiro trimestre de 2009 (-6,8%).
O PIB per capita em 2011 ficou em R$ 21.252, uma alta de 1,8%, em volume, em relação a 2010. Já a taxa de investimento da economia brasileira (FBCF/PIB) em 2011 foi de 19,3% em 2011, inferior à taxa de 2010, quando registrou 19,5%.