Em pauta, a possibilidade de consumidores, tanto de áreas urbanas como produtores rurais, gerarem energia elétrica de forma ecologicamente correta, e a custos baixos. O palestrante foi Iñigo Rebollo, diretor da multinacional espanhola Bioenergy – no Brasil, a empresa é conhecida pela marca THREnergy.
Rebollo falou sobre o Decreto Real 1699/2011, da Espanha, que permite a distribuição na rede de energia elétrica produzida em excedente por pequenas residências. Outros países europeus, como a Alemanha, já dispõem desta legislação há mais tempo, inclusive os pequenos consumidores sendo responsáveis por metade da energia gerada em todo o país.
No Brasil ainda não há uma legislação específica sobre a geração de energia elétrica por pequenos consumidores, mas o palestrante ressaltou que há um vasto campo que pode ser explorado para a geração de energia, e consequente redução de custos, a partir da utilização de sistemas de bioenergia.
São cinco os tipos de bioenergia que podem ser implantados, cada um com custos bem específicos:
– Energia solar térmica, baseada na captação da energia solar para o aquecimento da água, podendo ser utilizada no condicionamento da temperatura de piscinas, água quente para residências, através do uso de painéis térmicos;
– Energia solar fotovoltaica, baseada pela captação de energia solar e sua transformação em energia elétrica através dos módulos voltaicos – placas instaladas em telhados e lajes;
– Energia geotérmica para baixas temperaturas, obtida através da extração do calor da terra. É utilizada principalmente em países europeus, mas tem um custo de implantação alto;
– Energia de biomassa, obtida a partir da utilização de matéria orgânica ou inorgânica, sendo transformado em outras substâncias, como combustíveis ou alimentos. Já é aplicada no Brasil em criações de gado e suínos, gerando energia a partir dos gases emitidos pelos dejetos dos animais, e;
– Energia eólica, que é a conversão da energia cinética obtida com a rotação de hélices em energia elétrica. No Brasil, a energia eólica está em compasso de ampliação, com novos parques eólicos em construção, especialmente em regiões litorâneas.
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De acordo com o palestrante, produtores rurais podem tanto trabalhar com somente um tipo de bioenergia, como também podem mesclar duas modalidades. Um exemplo apresentado é a de um sistema de armazenamento e irrigação que combina a energia eólica com a energia solar fotovoltaica, a partir da criação de reservatórios de água. Rebollo reforçou o conceito de eficiência energética, em que a adoção de tecnologia, sistemas e processos promovem uma utilização racional da energia, reduzindo os gastos e proporcionando mudanças de hábitos de consumo nas sociedades.
Acompanhe a agenda das palestras que serão transmitidas ao vivo pelo C2Rural:
PALESTRAS – PAVILHÃO INTERNACIONAL – EXPODIRETO 2012
Quarta-feira, às 9h
Tema: As Novas Tecnologias da Informação e Comunicação a Serviço da Educação Rural
Palestrantes:
Dra. Irama García, vice-presidente da AVED – Associação Venezoelana de Educação a Distância
Dra. Melita Hickel, diretora de educação da UNIBIZ Educacional.
