A estiagem favoreceu, no entanto, colheita da safra de verão em todos os Estados e o plantio da segunda safra em áreas onde a umidade do solo estava em nível suficiente. No entanto, a falta de água prejudicou, ainda, segundo a Conab, o plantio do milho safrinha e da segunda safra de feijão no Paraná.
Já em Mato Grosso do Sul e no sul de Goiás, as chuvas acima da média em dezembro e em janeiro favoreceram o avanço da ferrugem na soja e atrapalharam o início da colheita. As precipitações de fevereiro foram esparsas e, segundo a Conab, não prejudicaram a colheita. No entanto, no centro-leste de Mato Grosso e em parte de Goiás, os volumes foram abaixo da média e podem prejudicar o desenvolvimento da safrinha.
No Sudeste, as chuvas foram suficientes para as lavouras de milho e soja no noroeste de Minas Gerais e no Triângulo Mineiro, mas a estiagem no centro-oeste de São Paulo agravou a situação das lavouras. Apenas no sudoeste de São Paulo, a situação climática é favorável à segunda safra de feijão. Na maior região produtora do Norte e Nordeste, entre o sul do Maranhão, leste do Tocantins, sudoeste do Piauí e oeste da Bahia, as chuvas, apesar de irregulares, foram suficientes para as lavouras de soja e algodão.
Segundo a Conab, no próximo trimestre a previsão é que as águas fiquem dentro da média histórica no Centro-Oeste e no Sudeste, o que significa uma queda no nível de precipitações. Em regiões do Nordeste do Brasil, os volumes devem ficar abaixo da média, o que pode prejudicar lavouras locais.