Em 2011, o produtor rural Pedro Geraldo Naves perdeu mais de 30% da safra na sua propriedade, na região do Triângulo Mineiro. Neste ano, Naves tem a garantia de um preço estável e com margem de lucro. A produtividade ficou em cerca de 65 sacas por hectare, um pouco abaixo do esperado.
Enquanto segue a colheita, os produtores já torcem pela volta da chuva, para beneficiar o desenvolvimento do grão que vai ser colhido em até dois meses.
Se o clima é sempre uma incerteza para os produtores, no mercado o desafio para acertar o momento da comercialização não é diferente.
O produtor José Humberto Coelho Junior vendeu antecipadamente 100% da safra, plantada em 10,1 mil hectares. O melhor período de venda foi antes de formar a lavoura, em setembro do ano passado, quando negociou 30% da produção por R$ 47,50 a saca de 60 quilos. Depois, em janeiro, perdeu dinheiro em outra negociação. Segundo o produtor, a culpa foi dos analistas de mercado, que teriam mandado vender rápido porque os preços não iriam se sustentar.
— Estamos em plena colheita. O mercado se recuperou e está estável agora, mas em janeiro eu perdi dinheiro porque os analistas falavam que era para vender logo, pois o preço iria despencar. Acho melhor agora fazer o contrário do que os analistas falam que dá mais certo — comenta.