– Nós recebemos com alegria a medida – disse Dhiren Seth, presidente da Associação de Algodão da Índia, acrescentando que as quantias a serem embarcadas em caráter excepcional serão pequenas.
Exportadores indianos devem registrar os volumes de embarque junto ao governo e obter liberação alfandegária antes do carregamento. A proibição das exportações da fibra anunciada na última segunda, dia 5, a fim de garantir ofertas suficientes e preços estáveis no mercado doméstico, foi a segunda em menos de dois anos. Um painel ministerial se reunirá mais tarde para revisar a decisão.
Entretanto, a oposição à restrição de embarques não se limitou aos indianos. Nesta semana, a Associação Chinesa de Algodão protestou fortemente contra a medida, descrevendo-a como “infrutífera” e seriamente prejudicial ao comércio internacional. A China é o principal importador de algodão indiano, comprando um milhão de toneladas em 2011, 17% mais ante 2010.
A Índia é o segundo maior exportador da fibra no mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos. A suspensão dos embarques indianos elevou os futuros do algodão na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) no início da semana. Os preços, entretanto, já desaceleraram devido à perspectiva de revisão da medida.
O Ministério de Comércio da Índia revelou que a proibição foi imposta porque os exportadores embarcaram 9,4 milhões de fardos, mais que os 8,4 milhões de fardos previstos para o ano comercial 2011/12. A alta das exportações reduziu os estoques de passagem a 3,6 milhões de fardos no fim desta temporada, ante 5,5 milhões de fardos estimados anteriormente, de acordo com o Ministério. As informações são da Dow Jones.