Setor produtivo quer incluir mandioca nas opções de uso do herbicida glifosato

Pedido foi encaminhado ao Ministério da Agricultura pela Embrapa e representantes da cadeiaRepresentantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Unidade Mandioca e Fruticultura, e da cadeia produtiva da mandioca querem incluir a cultura nas opções de uso do glifosato, herbicida para combater ervas, principalmente perenes. A solicitação foi enviada ao Ministério da Agricultura, de acordo com o órgão.

– A discussão foi fomentada pela Câmara Setorial da Mandioca, que é um excelente espaço para o diálogo entre a estrutura governamental e os produtores – diz o pesquisador Carlos Estevão Cardoso.

De acordo com o coordenador da área de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel, a cultura da hortaliça já possui uma série de produtos registrados. A maioria é herbicida.

– O curioso é que o herbicida mais famoso e mais vendido do Brasil (glifosato) não está autorizado para a mandioca – aponta.

Ele afirma que o pedido de registro se enquadra nas normas para culturas com baixo suporte fitossanitário, aquelas para as quais falta ou há número reduzido de agrotóxicos e afins registrados. Este grupo é denominado Minor Crops.

– O trabalho de registro de agrotóxicos para uso nessas culturas terá mais ênfase na aprovação de inseticidas e fungicidas – destaca.

Entre os grupos de cultivo envolvidos nessa área estão frutas com cascas comestíveis e não comestíveis, raízes, hortaliças folhosas e não folhosas (tomate, pepino, pimentão), leguminosas, oleaginosas, nozes e palmáceas (coco). A maioria dos pedidos de cooperativas e associações tem se concentrado em produtos para mandioca, melão, maracujá e morango.