– O momento está ruim, mas não acredito que no ano será assim. Ainda estou otimista. A Rússia aos poucos está melhorando. E acredito que resolveremos os problemas com a Argentina em breve – diz.
Em fevereiro, quando as barreiras comerciais argentinas foram adotadas, houve uma queda acentuada nas vendas para aquele destino, de 84,97% em volume (478 toneladas) e 84,16% em receita (US$ 1,51 milhão).
Quando entrou em vigor o embargo russo, a partir de 15 de junho do ano passado, o Brasil ficou com apenas uma unidade apta a exportar àquele país. Hoje são quatro.
– Não temos novidade com relação à reversão do embargo total, mas o bom da Rússia é que quando há uma surpresa positiva, é imediata – opina, referindo-se ao processo de reabilitação de unidades para exportação na qual os embarques são realizados quase que imediatamente à decisão das autoridades.
No mês passado, as vendas para a Rússia somaram 5,96 mil toneladas, com receita de US$ 18,761 milhões. Em janeiro, quando ainda não havia um mês completo de vendas das quatro unidades habilitadas, as exportações foram de 2,154 mil toneladas, com receita e US$ 6,26 milhões.
Passos lentos
Outros mercados que podem contribuir para um ano bom das vendas externas de carne suína são Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e China. No caso de Japão e Coreia do Sul, a expectativa é de abertura desses mercados ainda neste ano.
– (A abertura dos mercados ao produto brasileiro) está caminhando. Os processos estão bem devagar, não será de uma hora para outra – informa.
Já sobre China, o executivo lembra que os primeiros embarques diretos ao país asiático já foram realizados por todas as três empresas que tiveram unidades habilitadas para vender carne suína ao país.
– Aguardamos nova missão deles para autorizarem mais unidades. Foi devagar em aves e a tendência é que seguiremos esse ritmo – completa.
Até fevereiro, as exportações de carne suína brasileira à China somaram 237 toneladas, com receita de US$ 643 mil.