Segundo a coordenadora da área de defesa sanitária animal da Cidasc, Gisele Bertol Rosa, o número elevado de animais contaminados se deve pela demora na realização de exames.
— Os sintomas são difíceis de serem percebidos. Os animais emagrecem, produzem menos e se o produtor não ficar atento a doença pode se afetar outros animais. E como o tratamento também é complicado a melhor opção é o abate — explicou.
Além do tratamento da doença ser complicado, ela pode ser transmitida para seres humanos e provocar lesões no intestino e em alguns casos o pulmão. A transmissão acontece através da ingestão de leite e carne de animais contaminados. De acordo com a Cidasc, este é um caso isolado e não há motivo para pânico.
— Vamos continuar monitorando e realizar novos exames nos animais que restaram. Só depois a propriedade estará liberada — disse Gisele.
Em um ano, 120 animais foram abatidos na região de Concórdia por apresentarem a doença. Por isso a Cidasc orienta os produtores a realizar exames de tuberculose nos animais pelo menos uma vez por ano. O teste custa em média R$ 30,00 por animal.