São 50 milhões de metros quadrados de gramados, quatro milhões de árvores plantadas e mil canteiros ornamentais. Na região tombada, que representa todo o plano piloto, as quadras têm um cinturão de pelo menos 20 metros de área verde. Para novas construções são os estudos de viabilidade ambiental que limitam o mínimo a ser preservado. Ainda assim, o governo do Distrito Federal enfrenta dificuldades no controle de áreas que são ocupadas irregularmente, caso de muitas cidades satélites.
– A pressão imobiliária, a pressão por construções irregulares, faz com que a área verde seja diminuída – afirma o secretário de Habitação, Regulação e Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal, Geraldo Magela.
A exigência incluída no texto do novo Código pelos senadores, conforme Piau, poderia inflacionar o valor dos empreendimentos imobiliários.
– O metro quadrado seria aumentado de valor. E isso, claro, para os assentamentos populares traria um aumento de custo para as prefeituras – aponta.
O ambientalista André Lima critica a mudança no texto do projeto. Segundo ele, as áreas verdes em meio aos centros urbanos são essenciais para a qualidade de vida da população.
– Em relação às moradias populares, seria muito mais fácil colocar algumas exceções à regra. O que se quer fazer é, em função de algumas exceções, eliminar a regra de conservação, de recuperação de florestas – opina.
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