Do total de couro adquirido em 2011, 63,7% teve origem de matadouros frigoríficos, 26,8% foram recebidos para a prestação de serviço de curtimento a terceiros. O restante veio de intermediários salgadores (6,8%), matadouros municipais (1,8%), e outros curtumes e outras origens, com 0,4% cada uma.
A quantidade total de couro cru inteiro de bovinos em 2011 foi 18,5% superior ao total de animais abatidos, apurado pela Pesquisa Trimestral do Abate. A diferença, equivalente a 5,327 milhões de cabeças, corresponde à quantidade de animais abatidos em estabelecimentos não inspecionados cujos couros foram destinados aos curtumes. Essa diferença, que em décadas passadas era superior a 30%, vem caindo nos últimos anos em virtude da maior fiscalização e formalização da cadeia produtiva.
Mato Grosso foi o Estado que mais aumentou a aquisição total de couro. Tocantins também aumentou a aquisição do produto. Em contrapartida, São Paulo reduziu significativamente as compras de couro em 2011, bem como Paraná, Bahia e Goiás.
A aquisição de peças de couro inteiro de bovino foi de 8,3 milhões no quarto trimestre de 2011, uma queda de 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2010. O recuo foi de 1,3% na comparação com o 3º trimestre de 2011. Os Estados que mais compraram couro para curtimento (inclusive para prestação de serviços) no quarto trimestre do ano passado foram Mato Grosso, com 18,5% da participação nacional, São Paulo, com 13%, e Rio Grande do Sul, com 12%.