Mercado interno manterá liderança no consumo do agronegócio brasileiro, indica Ministério da Agricultura

Mesmo aumento das exportações de commodities, demanda externa não deve superar a domésticaO coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, afirmou nesta segunda, dia 2, que, mesmo com um potencial de crescimento das exportações brasileiras de commodities nos próximos 10 anos, o mercado doméstico seguirá como o principal consumidor dos produtos do agronegócio brasileiro.

– O aumento de renda da população será o principal fator impulsionador do consumo interno dos nossos produtos. Às vezes, o mercado interno será mais atrativo em termos de preços do que as vendas no mercado externo -, disse o especialista, em apresentação na Avesui América Latina 2012.

Conforme dados do ministério, em 2021/2022, do total produzido de soja, 56% ficarão no mercado interno. No caso do milho, esse porcentual passa para 84% e, do frango, para 63%. Já do total produzido de carne bovina, 80% serão consumidos pelos brasileiros. Do montante de suínos, 81%.

Quanto ao aumento das exportações desses produtos para o período, o ministério projeta percentuais de 31,6% (soja em grão); 11,5% (farelo de soja); 8,3% (óleo de soja); 32,6% (milho); 35% (frango); 20% (bovinos) e 23,1% (suínos).

– Para atendermos essa demanda crescente e aumentarmos nossa produtividade, temos que investir bastante, principalmente em pesquisa -, ressaltou Gasques.

Segundo ele, o aumento de 1% nos gastos em pesquisa resulta em avanço de 0,35% na taxa de produtividade total do País. Hoje, em média, a produtividade do agronegócio brasileiro cresce a uma taxa de 3,56% ao ano, superior ao da China (2,62% ao ano) e dos Estados Unidos (1,63% ao ano).

Maiores exportadores mundiais

O coordenador-geral do ministério também mostrou as projeções para os maiores exportadores mundiais em 2021/2022. Em milho, por exemplo, os Estados Unidos serão líderes, com participação de 46,9% no comércio mundial no período, seguidos pela Argentina, com 17,2%; a antiga União Soviética, com 13,3%, e Brasil com 10,4%. Em soja (grão), o líder será o Brasil, com representatividade de 43,1%, seguido por Estados Unidos (31,6%) e Argentina (12,3%).

Leia as projeções do Ministério da Agricultura de produção de grãos e carnes no período 2021/2022

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Agência Estado