O levantamento indica que a área a ser colhida em 2012 será de 50,6 milhões de hectares, um aumento de 4% frente a 2011. Em relação à estimativa de fevereiro, a expansão foi de 0,6%. Além disso, a safra brasileira de grãos em 2012 tem 11 dos 26 produtos pesquisados com aumento na produção, na comparação com o resultado de 2011.
As três principais culturas – arroz, milho e soja – que representam 90,9% da previsão da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, respondem por 83,6% da área a ser colhida no ano.
Em relação a 2011, o arroz terá uma redução de 10,4% na área destinada à colheita. No entanto, haverá aumento na área do milho (13,9%) e da soja (2,9%). Quanto à produção, o arroz e a soja têm redução de 14,2% e 11,1%, respectivamente, enquanto o milho apresenta aumento de 17,3% na comparação com 2011.
Desempenho de cada região
Centro-Oeste: estimativa de 62,8 milhões de toneladas, um incremento de 12% em relação à safra anterior. Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,1%,
Sul: estimativa de 56,5 milhões de toneladas, o que significa uma queda de 16,8% na comparação com a safra passada. O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do Brasil, com 19,3%, seguindo pelo Rio Grande do Sul, com 12,5%. Somados, estes dois Estados representam 54,9% do total nacional.
Sudeste: estimativa de 18,4 milhões de toneladas, o que representa alta de 7,1% em relação à última safra
Nordeste: estimativa de 16,4 milhões de toneladas, com incremento de 12,5% na comparação com a safra passada
Norte: estimativa de 4,5 milhões de toneladas, uma alta de 2,3% em relação à safra anterior
Culturas em destaque
Arroz (em casca): a produção esperada de 11,5 milhões de toneladas é 1,2% inferior ao último levantamento. Essa redução se deve ao Rio Grande do Sul, maior produtor, com 64,8% de participação na produção nacional. A atual estimativa da produção gaúcha é 2% menor do que o número do levantamento de fevereiro em função da redução na estimativa de área a colher (1,2%) e do rendimento médio (0,8%). O atraso na semeadura, somado ao reduzido aporte de água para irrigação em função da estiagem e do baixo nível dos reservatórios, contribuíram para esta redução. Em Santa Catarina, segundo maior produtor (8,8% da produção nacional) houve aproximadamente 1,2 mil hectares de área perdida no arroz irrigado (devido ao granizo) e 101 hectares no arroz de sequeiro (devido à estiagem), com o rendimento médio das lavouras caindo 1,3%.
Café (em grão): Considerando o arábica e o canephora em conjunto, a safra nacional está estimada em 50,1 milhões de sacas de 60 quilos, significando uma queda de 1,6% em relação à estimativa de fevereiro. A área total ocupada com a cultura é de 2.355.693 hectares, um acréscimo de 2,1%. O rendimento médio decresce 1,4% em relação à estimativa do mês anterior.
Feijão (em grão): Estima-se uma produção de 1.708.768 toneladas do feijão primeira safra, número 2,7% menor que o de fevereiro. A região Sul, que em 2011 foi a maior produtora (38,8%), reduziu sua participação para 29,9% devido ao reduzido volume de chuvas. Já do feijão segunda safra, a produção esperada é 3,1% maior que a estimativa de fevereiro, alcançando 1.397.398 toneladas, o que se deve a uma estimativa maior de área plantada no Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, devido aos bons preços observados no momento do plantio.
Milho (em grão): A soma das duas safras de milho deve alcançar uma produção de 66,0 milhões de toneladas, superior 4,3% em relação ao último levantamento. Este aumento reflete a variação positiva na área plantada (2,9%) e no rendimento médio (2,1%). A previsão para a segunda safra de milho apresenta acréscimo de 6,1% na área plantada, 2,8% no rendimento médio e 9,0% na produção na comparação com fevereiro.
Soja (em grão): A produção esperada para a soja em 2012 (66,6 milhões de toneladas) é 1,8% menor que em fevereiro. Embora a área a ser colhida (24.741.470 ha) aponte um aumento de 0,7%, o rendimento médio esperado (2.692 kg/ha) registra uma queda de 2,5%. O decréscimo na produção é decorrente das condições climáticas desfavoráveis ocorridas principalmente na região Sul, onde houve diminuição de 7,2% no rendimento médio, ocasionando uma redução de 6,4% na estimativa de produção. A Região Centro-Oeste, responsável por 52,6% da produção do grão neste ano, variou negativamente sua produção em comparação ao mês anterior (- 0,1%), como consequência da queda das estimativas do rendimento médio em 0,7%.