As exportações de soja dos EUA devem atingir 1,29 bilhão de bushels em 2011/2012, um aumento de 15 milhões de bushels em relação à projeção de março, de 1,275 bilhão de bushels. A estimativa para estoques finais de soja foi reduzida para 250 milhões de bushels, de acordo com o governo americano. O aumento da estimativa para as exportações dos EUA, segundo o USDA, “compensa parcialmente a redução de perspectivas de exportação da América do Sul, que teve a safra prejudicada pela seca”.
O relatório também reduziu as estimativas de produção e exportação de soja do Brasil e da Argentina. Agora, espera-se que o Brasil produza 66 milhões de toneladas de soja, abaixo dos 68,5 milhões de toneladas previstos no mês passado pelo USDA. Os embarques brasileiros devem cair para 35,7 milhões de toneladas, ante 36,9 milhões de toneladas previstas em março.
Estimativas menores para estoques finais e um aumento das exportações já eram previstos por analistas, mas grande parte dos observadores de mercado também esperava previsões similares para o milho. O USDA, contudo, deixou inalterada sua projeção para os estoques finais de milho dos EUA em 801 milhões de bushels, e exportação em 1,7 bilhão de bushels.
Uma queda dos estoques finais era esperada, em parte, por causa das fortes vendas de milho dos EUA na semana passada, inclusive com a confirmação de acordos com a China. A China inicia o ano comercial com estoques de milho menores do que o esperado, disse o USDA. O país usou mais milho que planejava para “ração e uso residual” em 2010/2011. Os estoques iniciais da China são previstos em 49,42 milhões de toneladas pelo USDA, abaixo da estimativa de março, de 53,42 milhões de toneladas.
Nos EUA, a projeção para a demanda doméstica de milho para ração não aumentou porque mais trigo será usado no lugar, disse o USDA. “Uma oferta maior do que o esperado e preços competitivos para o trigo em relação ao milho sugerem um aumento do uso do trigo para ração comparado com o ano passado”, segundo o USDA. No entanto, isso pode mudar com o aumento da área plantada com milho na nova safra, de acordo com o governo americano.